Revelada a 24 de outubro, a espada do Rei D. Dinis tem sido alvo de grande interesse por parte de conservadores, arqueólogos, historiados e por toda a sociedade portuguesa.
Com particular interesse para Odivelas e para os odivelenses, a peça, que futuramente será classificada como “tesouro nacional”, tem sido alvo de discussão sobre onde irá depois de restaurada.
Rita Jerónimo, subdiretora da Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC), revelou que Hugo Martins, Presidente da Câmara Municipal de Odivelas, “já fez saber à secretária de Estado da Cultura, Isabel Cordeiro, que gostaria que a peça ficasse exposta no município”.
Edgar Valles, vice-presidente do Município de Odivelas, considera que o município está bem ciente de que expor um “tesouro nacional”, implica que o museu que vier a nascer no mosteiro que D. Dinis mandou construir cumpra uma série de requisitos técnicos, particularmente exigente ao nível da conservação e da segurança, mas não perde o entusiamo: “Estamos totalmente disponíveis e com imensa vontade de poder acautelar t odas essas exigências, de modo a poder ter a espada no sítio onde ela deve estar e onde sempre esteve”.
Maria Antónia Amaral, coordenadora da área de arqueologia do projeto, e diretora do Castelo de São Jorge, tem opinião semelhante, considerando que “Se se constituírem as condições de segurança e preservação no museu que estão a pensar instalar no mosteiro de Odivelas, a espada deveria ficar aí, juntamente com os tecidos e tudo o que ainda venha a ser identificado”.
Opinião semelhante tem José Alberto Ribeiro, diretor do Palácio Nacional da Ajuda e do Museu do Tesouro Real, que considera que Odivelas poderá ser o destino da espada, caso o museu a nascer reúna as condições para a expor com dignidade e dando-lhe o devido o contexto. “É uma peça com qualidade para qualquer museu nacional e até internacional”, segundo José Alberto Ribeiro.
Interessados em receber a “arma-rainha da cavalaria” não parecem faltar, estando o Município de Odivelas a posicionar-se para poder concretizar a vontade de manter a espada no local onde sempre esteve. O Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA) ou o Museu Nacional de Arqueologia também poderão reclamar o artefacto, que neste momento se encontra a cargo da unidade de conservação e restauro da DGPC – entidade que, com a Câmara Municipal de Odivelas, é responsável pelo projeto de valorização do túmulo.